Dom Luis Antonio dos Santos (arcebispo) nasceu em Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro, aos 03 de março de 1817 e faleceu na Capital baiana, aos 11 de março de 1891. Estudou no Seminário de Mariana onde se ordenou. Foi indicado para o Bispado do Ceará, por Decreto Imperial de 31 de janeiro de 1859 e confirmado por Pio IX em 28 de setembro de 1860, sagrado aos 14 de abril de 1861. A Diocese do Ceará foi criada em 1853 por um decreto do Imperador Dom Pedro II. No ano seguinte, em 6 de junho de 1854, o papa Pio IX expediu a Bula Pro Animarum Salute, criando a Diocese nos trâmites da Igreja. As dioceses só podiam ser criadas pelo papa após o decreto imperial. A bula papal só foi oficializada em 1860, depois de sete anos de briga entre Vaticano e o Estado brasileiro. Desmembrada de Olinda, a Diocese era quase todo o território da Província do Ceará. Civilmente, o Ceará já se havia emancipado da Província de Pernambuco desde 1799. Eclesiasticamente, até 1854, era apenas Vigararia Forânea da Diocese de Olinda. O território da nova Diocese era quase o mesmo do atual Estado do Ceará. Faltavam apenas as paróquias de Crateús e Independência, ligadas a São Luis do Maranhão. Dom Luís Antônio governou a Diocese de Ceará de 18 de junho de 1861 a 11 de agosto de 1881, quando foi transferido para a Arquidiocese de Salvador na Bahia. Trouxe para o Ceará os Padres Lazaristas e as Irmãs de Caridade. Fundou os Seminários de Fortaleza e do Crato e o colégio da Imaculada Conceição. Promoveu a construção da Igreja do Coração de Jesus. Duplicou o número de paróquias. Resignou ao Arcebispo da Bahia a 20 de junho de 1890. Faleceu a 11 de março de 1891.