É
o mais velho dos nove filhos de João Teixeira Filho e Maria Cleonice
da Rocha Teixeira. É natural de Itajubá, no sul de Minas, onde nasceu
no dia 24 de março de 1946. O pai foi funcionário do Posto de Saúde
local por 38 anos e a mãe se tornou enfermeira, depois de criar os
filhos, trabalhando como plantonista na Maternidade local por 25 anos.
Todos os filhos ajudavam na lida de uma casa, no cuidados com os
irmãos em um enorme terreiro com as mais diferentes criações e
plantações. Este é o contexto em que o garoto de 11 anos vai para o
seminário diocesano de Pouso Alegre, em 1957, onde faz o que se chama
hoje de ensino fundamental e curso médio, então admissão, ginásio e
colegial. Em 1964 muda-se com outros colegas para o Seminário Maior
São José em Mariana, onde começam o curso de filosofia. O apelido
“Japão” levou-o consigo.
Quando o Seminário Maior foi
temporariamente fechado, João Gabriel foi para Belo Horizonte, para
retomar os estudos no Instituto de Filosofia e de Teologia da PUC, sob a
acolhida amiga de dom Marcos Noronha, bispo de Itabira, participando
de uma república no bairro da Floresta. Foi um período de muita
atividade, maturando o processo interrompido há um ano e meio.
A
realização de um novo curso, o de sociologia em pleno 1968, traz a
vivência em um ambiente intelectual totalmente novo, substantiva e
metodologicamente. Época de militância que transita de cristã à
esquerda católica e depois política. Formação por opção e na marra, é a
constituição do sujeito, que faz escolhas e que é também resultante
de uma complexa estrutura. AI5, professor cassado, colegas presos,
passeatas, radicalismos, os quatro anos de estudante universitário
foram também de combate à ditadura, não de um protagonista, mas de
militante de apoio. Trabalha como professor em cursinho de madureza,
depois vendendo livros na Sinal e finalmente estagiário em pesquisa
social. Nesse ambiente, a certeza do amor de Márcia Marques, com quem
se casa logo depois de formado e com quem divide a vida, trabalha e
tem quatro filhos – Tiago, André, Bruno e Núbia.
A vida
profissional foi de professor e pesquisador. Logo após o curso de
mestrado participa pela Fundação João Pinheiro do planejamento da
educação na região de fronteira agrícola na Amazônia – Roraima, Acre,
Amapá e Rondônia. Em 1974 ingressa como professor da UFMG, onde
trabalha até sua aposentadoria em 2003. Durante quase dez anos
trabalhou também na Superintendência de Planejamento da Região
Metropolitana de Belo Horizonte. Da atividade em pesquisa resultou sua
dissertação de mestrado, em 86, bem como a participação em três livros
de sociologia urbana, além da publicação de artigos sobre a relação
entre espaço urbano e sociedade, em periódicos especializados,
particularmente na última década, além de congresso e seminários.
Atualmente participa de pesquisa e de cursos de especialização de
políticas públicas e projetos sociais na própria UFMG, mas com a
devida moderação. Curte os dois netos – João e Maria – que moram no
Rio.
Cuida de um pequeno sítio em Nova União e tem ultimamente
participado de todos os encontros da AEXAM, desde aquela festa dos 250
anos do Seminário Nossa Senhora da Boa Morte. Em julho de 2004 foi
eleito presidente da AEXAM, numa articulação política de Geraldo
Lisboa, Fábio Madureira e João Batista Lima, na sua ausência. Os dois
anos na direção da AEXAM foram uma demonstração do agradecimento à
vida e às amizades vividas em Mariana. Seu mandato encerrou-se em
julho de 2006.