Morre aos 88 anos o padre
Joaquim Santana, ex-
prefeito de Itabira
Morreu, aos 88 anos, na noite da última terça-feira, 23 de
dezembro, em Belo Horizonte, o padre Joaquim
Santana de Castro. O religioso estava internado no
Hospital Paulo de Tarso para um tratamento de um câncer
no intestino.
Joaquim Santana nasceu, no dia 26 de julho de 1927, na
cidade de Marliéria/MG. Era filho de Antônio de Castro
Assis e de Lúcia Assis. Estudou no Seminário de
Mariana/MG, onde se ordenou em 2 de dezembro de
1951.Antes da criação da Diocese de Itabira-Coronel
Fabriciano, em 14 de junho de 1965. o sacerdote
trabalhou nas paróquias de São Domingos do Prata/MG (1953) e Mesquita/MG (1954-1966).
Na Diocese recém-criada, o sacerdote atuou ao lado do seu primeiro bispo, dom Marcos Antônio
Noronha, na organização pastoral. Em Itabira, sede do bispado, Padre Joaquim atuou de 1966 a
1982, à frente das Paróquias Nossa Senhora da Saúde (1966-1973 e 1975-1982) e Nossa Senhora
da Penha (1974).
Na década de 1970, foi prefeito de Itabira, mediante «mandato-tampão» (para facilitar a coincidência
de eleições em outros níveis), exercido de 1971 a 1972.
Fora da Diocese, exerceu o seu ministério nas cidades mineiras de Santa Luzia e Lagoa Santa,
pertencentes à Arquidiocese de Belo Horizonte.
A missa de corpo presente e o sepultamento do religioso aconteceram nessa quinta-feira, 24, em
sua cidade natal, Marliéria/MG.
Prefeito
A sua saída de Itabira foi um pouco conturbada: o primeiro período como prefeito, chamado de
«mandato-tampão», não teve nenhuma objeção superior. Disputou a eleição contra Renato
Sampaio, venceu, tomou posse e cumpriu o mandato.
Mas, quando convidado a candidatar-se novamente, em 1976, despertou a oposição do bispo dom
Mário Teixeira Gurgel, na época, que o forçou, em seguida, a retirar-se da cidade, após perder o
pleito para o médico Dr. Jairo Magalhães Alves. Depois da polêmica eleição, foi trabalhar em duas
cidades da Grande BH, Santa Luzia e Lagoa Santa.
Apesar do curto prazo à frente da Prefeitura, padre Joaquim foi o responsável pela construção da
captação de água do Ribeirão Pureza, que até hoje funciona e representa o abastecimento de 55%
da cidade.
Matéria enviada pelo aexano Antoninho Cipriano de Freitas